Violência descontrolada no Haiti: ataques deixam mais de 100 mortos e população vive em constante terror e medo

Violência assola o Haiti: relatório da ONU aponta precariedade na segurança do país

A representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas no Haiti, Helen La Lime, expressou preocupação em relação à fragilidade da segurança no país caribenho, que continua sendo palco de picos de violência aguda. Em destaque, o “aterrorizante e brutal” ataque na cidade de Pont-Sondé, que resultou na morte de 115 civis e deixou dezenas de feridos em 3 de outubro.

A violência também se estendeu para a capital, Porto Príncipe, e outros locais, com uma série de ataques recentes. A brutalidade sem precedentes da violência sexual contra mulheres e meninas também foi mencionada por La Lime, que ressaltou o sofrimento contínuo dos haitianos em meio às atividades das gangues criminosas, que se intensificam e se espalham pelo país, semearando o terror e o medo.

No mais recente relatório do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, foi destacado que a polícia, com apoio da Missão Multinacional de Assistência à Segurança (MMAS), liderada pelo Quênia, tem realizado operações em larga escala contra as gangues na capital. No entanto, ainda enfrentam dificuldades devido à falta de pessoal e recursos para manter o controle das áreas.

A MMAS, cujo mandato foi renovado recentemente por mais um ano, conta com cerca de 430 policiais e militares, em sua maioria quenianos, e aguarda a chegada de mais 600 em breve. A ONU destaca a preocupação especial com as crianças, que representam metade dos deslocados e estão sendo alvo das gangues.

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