Investimentos estrangeiros aquecem setor naval brasileiro: Wilson Sons e Santos Brasil adquiridas por grupos suíço e francês, respectivamente, impulsionando economia portuária nacional.

Porto do Rio de Janeiro – Site da instituição

O setor naval brasileiro se tornou um ponto de atração para investimentos internacionais. Prova disso são as compras da Wilson Sons, que tem braço logístico no Porto do Rio e da Santos Brasil, por uma subsidiária do grupo suíço MSC e pelo grupo francês CMA CGM, respectivamente. O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, está otimista diante do atual momento e, esta semana, deve se reunir com grupos estrangeiros interessados em investir no Brasil.

A Wilson Sons é uma das maiores empresas de logística do Brasil e teve 56,47% do seu capital vendido para a Shipping Agencies Services (SAS), subsidiária do grupo MSC. A transação foi divulgada nesta segunda-feira (21). No final de setembro foi a vez da CMA CGM comprar 48% da operadora portuária Santos Brasil. Segundo o Reconecta News, o valor das duas aquisições atingiu quase R$ 20 bilhões.

Para o ministro Sílvio Costa Filho, o Brasil voltou a ter uma visibilidade positiva no exterior, o que tem repercutido no incremento da movimentação portuária, por meio do transporte de cargas diversas.

“O Brasil voltou a se conectar com o mundo e isto explica o crescimento que estamos tendo na movimentação portuária. De janeiro a agosto deste ano transportamos 3,5% a mais de carga do que em 2023. Só em contêineres, o crescimento este ano foi de 21% em relação ao ano passado,” afirmou o ministro, acrescentando que os leilões realizados e os previstos apontam para uma ampliação no movimento internacional de cargas nos portos nacionais.

Até o final de 2026, segundo Sílvio Costa Filho, o Governo Federal pretende leiloar 39 unidades portuárias e quatro canais portuários. Juntando os certames já realizados, o atual governo chega a 58 leilões.

“Isto é muito mais do que foi leiloado entre 2013 e 2022. Ou seja, em quatro anos esperamos fazer mais leilões do que foi feito em 10 anos no Brasil. Isto mostra todo o potencial do país e comprometimento do governo do presidente Lula em ampliar a agenda portuária brasileira. Estamos construindo um modelo de governança que direcionará o crescimento econômico do país pelas próximas décadas,” pontuou o ministro.

Com uma das suas bases operacionais localizadas no Rio de Janeiro, a Wilson Sons dá suporte às operações de exploração e produção de óleo e gás do Brasil.

A WS Base Rio conta com cinco berços de atracação, com até 7,9m de calado e uma estrutura complementar de retroporto de padrão global, oferecendo serviços, como movimentação de cargas, armazenagem, serviços ambientais, planta de fluidos e facilities.

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