Governador de Minas Gerais associa dificuldade de empresários na contratação de mão de obra ao Bolsa Família

No evento realizado em Belo Horizonte nesta terça-feira (22), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez uma associação polêmica entre a dificuldade dos empresários na contratação de mão de obra e o programa Bolsa Família.

Zema ressaltou que o estado está próximo de alcançar a marca de 1 milhão de carteiras de trabalho assinadas em um ano, mas pontuou que o Brasil é um país difícil para os empresários. Ele destacou que, em Minas Gerais, mais de um milhão de pessoas recebem o Bolsa Família e relatam não encontrar oportunidades de trabalho disponíveis.

O governador ainda comentou uma afirmação feita por Alexandre Poni, presidente da Associação Mineira de Supermercados, sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor na contratação de funcionários. Zema relembrou sua experiência no mercado de trabalho e mencionou que muitas vezes os candidatos apresentam exigências que as empresas não conseguem atender, o que torna o processo de contratação mais complicado.

Essa não é a primeira vez que Zema critica o programa Bolsa Família. Em entrevistas anteriores, ele apontou que alguns beneficiários não retornam ao mercado de trabalho por medo de perder o benefício. Apesar das críticas, o governo federal tem rebatido as acusações de desincentivo ao emprego, destacando que um número significativo de beneficiários do Bolsa Família conseguiram empregos formais nos últimos anos.

O ministro Wellington Dias, responsável pelo programa, afirmou que a maioria das vagas de emprego preenchidas no último ano foi por beneficiários do Bolsa Família. Ele ressaltou que o programa tem contribuído para a inserção de milhões de pessoas no mercado de trabalho, refutando a ideia de que o Bolsa Família desestimula a busca por emprego.