Moradores do Complexo da Maré enfrentam desafios e riscos climáticos
O dia a dia de Martinelli Santana, 50 anos, na comunidade de Nova Holanda, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, é marcado por desafios causados pelas altas temperaturas. Como cozinheira, ela prepara quentinhas em um trailer e lida diariamente com o calor intenso que afeta sua saúde e bem-estar.
Recentemente, um estudo apontou que Nova Holanda está entre as favelas mais impactadas pelas ilhas de calor na Maré, corroborando a realidade vivida por Santana e outros moradores da região.
Impactos Climáticos e Riscos na Maré
O trabalho realizado pela WayCarbon em parceria com a ONG Redes da Maré revelou que a Maré, onde residem 140 mil pessoas, enfrenta desafios climáticos e ambientais significativos. As chuvas intensas causam inundações na região, contribuindo para o aumento do risco de doenças transmitidas pela água contaminada.
O estudo também alertou para o incremento do nível do mar, ameaçando especialmente áreas mais baixas da Maré, como Nova Holanda. A densidade populacional na região é classificada como “muito alta”, o que a torna mais vulnerável a inundações e outros impactos climáticos.
Medidas de Adaptação e Reflexões Futuras
Especialistas sugerem a recuperação de manguezais, a implementação de áreas verdes nos tetos das casas e a utilização de cores reflexivas nas moradias como formas de adaptação aos riscos climáticos. É urgente que políticas públicas sejam implantadas para enfrentar os desafios presentes e futuros na Maré, especialmente em comunidades como o Conjunto Tijolinho e o Conjunto Esperança.
Ações do Governo e da Prefeitura
O governo do Rio de Janeiro e a Prefeitura enfatizam a importância da prevenção de desastres climáticos e implementaram diversos programas e ações nesse sentido. O Monitor de Calor, os radares meteorológicos e as medidas de prevenção de deslizamentos são algumas iniciativas destacadas para lidar com os impactos das mudanças climáticas na região da Maré.