Grande Cúpula do Brics agita cenário internacional

A cúpula do Brics, que reúne os líderes dos países integrantes do bloco – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – está sendo amplamente divulgada como o evento diplomático mais importante já organizado na Rússia, de acordo com informações do jornal francês Le Figaro. A ausência do ex-presidente Lula, devido a um acidente doméstico, é notada, enquanto a presença de líderes de outros países que aderiram ao grupo recentemente, como Egito, Irã e Etiópia, é enfatizada.

O jornal Les Echos destaca a presença maciça de dirigentes na cúpula como uma demonstração de que o presidente russo Vladimir Putin não está isolado politicamente. Para especialistas, este evento será um sucesso para Putin e mostra que as potências ocidentais não conseguem excluí-lo do cenário internacional.

A presença de nações emergentes, com seu crescimento econômico dinâmico em comparação com os países do G7, confere uma importância considerável ao grupo do Brics, conforme avalia o Les Echos. Outros países, como Turquia, Vietnã, Tailândia e Nigéria, também demonstram interesse em se juntar ao bloco.

Guerra na Ucrânia

O jornal Le Monde aborda a guerra na Ucrânia como pano de fundo da cúpula do Brics, ressaltando a aceleração do uso do yuan chinês e a diminuição da influência do dólar. A Rússia, alvo de sanções, tem intensificado suas trocas comerciais com a China, utilizando o yuan em grande parte dessas transações.

Na cúpula, a luta contra a predominância dos Estados Unidos no mercado financeiro será discutida, com diplomatas russos e chineses promovendo outras moedas e uma reforma do sistema financeiro internacional, informa o Le Monde. O uso do yuan, embora seja a segunda maior economia do mundo, ainda está atrás do dólar, euro e libra esterlina.