Medicamentos doados por empresas farmacêuticas brasileiras seguem para o Líbano em voo de repatriação de brasileiros, ajudando no combate à crise de saúde no país.

Uma carga de medicamentos arrecadada pelo Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro, proveniente de doações de empresas farmacêuticas, está sendo enviada para o território libanês através do avião responsável pelos voos de repatriação de brasileiros. A carga, composta por 6,3 toneladas de medicamentos, foi enviada em duas etapas, sendo parte dela transportada no último dia 15 e o restante no voo realizado no sábado, dia 19.

O contexto no Líbano é de extrema dificuldade, com o país sofrendo com invasões militares e bombardeios de Israel. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que o governo já enviou cinco cargas de medicamentos, seringas descartáveis e envelopes para reidratação de estoques públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Líbano. Além disso, cestas básicas arrecadadas pela Embaixada do Líbano em Brasília e pelo Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro também foram enviadas em apoio à população local.

A Operação Raízes do Cedro, responsável pela repatriação de brasileiros residentes no Líbano, já trouxe de volta ao Brasil 1.317 passageiros, incluindo crianças, idosos, gestantes, pessoas com complicações de saúde e animais domésticos. O último voo de repatriação, realizado pela aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira, pousou em Guarulhos com mais de 200 passageiros e um gato a bordo.

A situação no Líbano é preocupante devido às ações das forças armadas israelenses, que se deslocaram para o país realizando invasões terrestres e bombardeios aéreos. O objetivo de Israel é neutralizar o movimento Hezbollah para permitir que cidadãos israelenses possam retornar às suas casas. Até o momento, cerca de 1,4 mil pessoas foram mortas no Líbano, a maioria civis, em decorrência dos conflitos.

A FAB tem realizado voos quase diários entre o Brasil e o Líbano, com escalas em Lisboa, Portugal, para reabastecimento. Cerca de 3 mil brasileiros residentes no Líbano se registraram para pedir a repatriação, sendo que as prioridades de embarque incluem mulheres, crianças, idosos e brasileiros não residentes no país.

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