Ibama apreende 50 aranhas caranguejeiras em bagagem internacional no centro dos Correios em São Paulo. Multa de R$ 12 mil aplicada ao importador.

Operação Hermes apreende aranhas caranguejeiras no centro de triagem dos Correios

No centro de triagem internacional dos Correios, em São Paulo, o Ibama realizou uma importante apreensão. Durante a operação, foram encontradas 50 aranhas caranguejeiras escondidas na bagagem de um brasileiro que chegava da Bélgica. As aranhas estavam camufladas entre roupas infantis, brinquedos, materiais escolares e alimentos, revelando uma tentativa ilegal de importação.

A ação faz parte da Operação Hermes, que tem como objetivo combater o tráfico de animais silvestres. O dono da bagagem foi multado em R$ 12 mil por não possuir licença ambiental para a importação das aranhas. Os animais foram encaminhados para o Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantã, onde serão analisados e incluídos em projetos de pesquisa científica.

De acordo com os agentes da Operação Hermes, o tráfico de espécies silvestres e exóticas é motivado principalmente pela criação doméstica dos animais ou pela venda em criadouros clandestinos. Dentre os produtos mais comuns traficados estão invertebrados, ovos de aves e répteis, pequenos anfíbios, peixes, barbatanas de tubarão e bexigas natatórias.

Somente este ano, em São Paulo, foram apreendidos oito mil espécimes da fauna silvestre e exótica, além de 40 quilos de bexigas natatórias de peixes e 120 quilos de barbatanas de tubarão. A operação também atingiu o Aeroporto Internacional de Belém, onde foram encontrados três cocares e um chocalho feitos com penas de aves silvestres.

A ação em Belém foi realizada antes do tradicional Círio de Nazaré, evento religioso que atrai turistas de todo o mundo. Além dos artefatos, os agentes apreenderam duas serpentes, uma cabeça de lagarto, um escorpião, duas rãs, três centopeias e duas lesmas, que estavam nas bagagens de passageiros que embarcariam em voos internacionais e domésticos.

Em destaque, dois cocares foram encontrados com um francês que viajaria para Zurique, na Suíça, enquanto o terceiro pertencia a uma portuguesa com destino a Lisboa. Já os animais silvestres estavam com um brasileiro que embarcaria para Macapá, no Amapá.

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