Estudo da Unisul revela métodos brutais do PGC, incluindo execuções e sequestros, enquanto autoridades de SC intensificam combate às facções criminosas.


Os métodos brutais usados pelo Primeiro Grupo Catarinense (PGC), de acordo com um estudo da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), são chocantes e incluem execuções de rivais, sequestro de familiares de devedores do tráfico, imposição de “missões” que envolvem assassinatos dentro e fora dos presídios, além de emboscadas. Essas práticas servem como forma de disciplina interna e punição por descumprimento de ordens ou dívidas dentro da facção. Caso um membro não cumpra com suas obrigações, ele pode ser obrigado a realizar tais missões ou até mesmo ser executado.


O PGC também se envolve em atividades de corrupção, especialmente no sistema prisional. O controle de unidades prisionais é uma das principais fontes de poder da facção, que consegue manipular e corromper agentes públicos para manter o tráfico de drogas e armas dentro das prisões.


Nos últimos anos, o PGC esteve ligado a uma série de ataques violentos em diversas cidades de Santa Catarina. Em resposta a operações policiais, a facção coordenou incêndios criminosos e bloqueios de vias públicas, causando terror na população. Esses ataques têm o objetivo de distrair as forças de segurança e demonstrar poder perante a sociedade e outras organizações criminosas.


Em setembro deste ano, Florianópolis e municípios próximos foram alvo de diversos incêndios provocados por membros do PGC. De acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina, os ataques aconteceram em retaliação a uma operação policial na região norte da ilha. O chefe da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, afirmou que os eventos foram isolados e não planejados a partir dos presídios, como inicialmente se pensava.


Diante da escalada da violência, as autoridades catarinenses têm intensificado as operações de combate ao avanço do PGC. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, assegurou que o estado não se curvará à pressão de facções criminosas e está empenhado em desmantelar grupos que representam uma ameaça à segurança pública.


Operações conjuntas envolvendo a Polícia Civil, Militar e o Ministério Público são realizadas com frequência. Essas ações têm como objetivo desarticular a liderança da facção e enfraquecer suas bases operacionais. Contudo, os conflitos entre o PGC e o Primeiro Comando da Capital (PCC) continuam a representar um desafio à paz e à ordem em Santa Catarina.

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