Disputa acionária entre CSN e Ternium pela Usiminas gera polêmica e acusações de instrumentalização da Justiça.

O embate entre a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a Ternium, acionistas da Usiminas, ganhou novos contornos em um anúncio veiculado pela CSN na Folha, na última quinta-feira (17). A disputa vem se tornando cada vez mais intensa, com acusações mútuas de instrumentalização da Justiça e uso indevido de recursos.

De acordo com fontes ligadas ao caso, a CSN planeja entrar com novas ações judiciais contra a Ternium, alegando que esta tem prejudicado os acionistas minoritários da Usiminas e utilizado artifícios questionáveis para atingir a CSN. A rivalidade entre as empresas tem sido marcada por pressões midiáticas e disputas legais.

A Ternium, por sua vez, rebate as acusações e afirma que a CSN busca inverter a derrota sofrida no Superior Tribunal de Justiça. A empresa internacional também acusa a concorrente de tentar evitar que o caso seja levado ao Superior Tribunal Federal.

O cerne da questão está na compra de uma parcela da Usiminas pela Ternium em novembro de 2011, o que levantou a discussão sobre a ocorrência de uma troca de controle na companhia. A CSN argumenta que a Ternium não respeitou o direito de “tag along” dos acionistas minoritários, enquanto a Ternium defende que não houve alterações significativas no controle da Usiminas.

A disputa judicial ganhou visibilidade também com a intervenção da AEB, que solicitou ao STF uma definição clara sobre as regras relacionadas à oferta pública de ações. Outras entidades manifestaram interesse em participar do processo como “amigas da corte”.

Além disso, há controvérsias em relação à determinação do TRF-6 para que a CSN venda sua participação na Usiminas, argumentando que ambas atuam no mesmo ramo. A empresa brasileira justifica a manutenção de suas ações, alegando falta de interessados e possíveis prejuízos ao valor de mercado da Usiminas com uma venda precipitada.

O embate entre CSN e Ternium, com desdobramentos jurídicos, interferências políticas e impactos no mercado de capitais, promete se estender e gerar novas reviravoltas nos próximos capítulos dessa intensa disputa pelo controle acionário da Usiminas.

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