“A análise inicial realizada pelo Hemorio confirmou a ausência de amostras infectadas por HIV entre os doadores de órgãos. No entanto, devido à importância do caso e à necessidade de rigor no processo, a direção da unidade decidiu realizar uma segunda rodada de testes em cada uma das amostras para eliminar qualquer dúvida”, declarou a SES.
Os laudos finais serão emitidos ao término dessa etapa de análises em andamento. As amostras foram avaliadas pelo laboratório PCS Saleme, localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Seis pacientes que receberam órgãos de doadores infectados pelo HIV contraíram o vírus, o que não foi identificado nos testes anteriores realizados pelo laboratório.
A investigação do caso está sendo conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, Polícia Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde. Na mais recente fase da Operação Verum, Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica do Laboratório PCS Saleme, foi presa sob suspeita de envolvimento na emissão de laudos incorretos. A ação resultou no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e visa fortalecer a investigação em andamento.
A redução de custos no laboratório teria levado a uma falha operacional no controle de qualidade, resultando na emissão de laudos equivocados. O Ministério da Saúde enfatizou que o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é reconhecido pela transparência e segurança, sendo responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes realizados no país.
O caso de contaminação por HIV de pacientes que receberam órgãos de doadores infectados no Rio de Janeiro é considerado grave pelas autoridades de saúde, e novos exames estão sendo realizados para evitar novos incidentes e identificar os responsáveis pela falha no processo de doação de órgãos.