Laboratório PCS Saleme: Polícia Civil deflagra segunda fase da “Operação Verum” contra laudos falsos em transplantes de órgãos com HIV.

Policiais civis deflagram segunda fase da “Operação Verum” contra emissão de laudos falsos

No último domingo, 20 de outubro, policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon), com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), realizaram a segunda fase da “Operação Verum” no Rio de Janeiro. A operação tem como objetivo investigar o envolvimento de suspeitos na emissão de laudos falsos pelo Laboratório PCS Saleme, que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV.

De acordo com informações da Polícia Civil, durante a ação foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além da prisão de uma pessoa cuja identidade não foi revelada pelas autoridades. O delegado responsável pelas investigações, Wellington Pereira, revelou em entrevista à GloboNews que a pessoa detida exercia uma função de chefia no laboratório.

A primeira fase da operação, realizada na semana passada, resultou na detenção de duas pessoas e na execução de dois mandados de prisão nos dias seguintes. A Polícia Civil informou que, além das diligências realizadas no domingo, as análises dos documentos e materiais apreendidos estão em andamento.

Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia do Consumidor, houve falhas operacionais no controle de qualidade dos testes realizados pelo laboratório, visando reduzir custos. As autoridades policiais apontam que a análise das amostras passou a ser feita semanalmente, ao invés de diariamente.

A Polícia Civil destacou que também está investigando a contratação do laboratório PCS Saleme pelo Governo do Estado. As novas fases da investigação serão mantidas em sigilo, conforme informado pelas autoridades.

Em nota enviada à Agência Brasil, o laboratório afirmou que informou à Central Estadual de Transplantes todos os resultados dos exames de HIV realizados entre dezembro de 2023 e setembro de 2024. A empresa ressaltou que seguiu as recomendações do Ministério da Saúde e da Anvisa, e abriu uma sindicância interna para apurar os responsáveis pelo ocorrido, considerado um episódio “sem precedentes na história da empresa”.

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