Aumenta para 60% o número de brasileiros que veem as mudanças climáticas como risco imediato após crise das queimadas

Aumenta a percepção de risco das mudanças climáticas no Brasil

Uma pesquisa recente realizada pelo Datafolha revelou que o percentual de brasileiros que enxergam as mudanças climáticas como um risco imediato aumentou nos últimos meses, atingindo a marca de 60% após a crise causada pelas queimadas no país. Em comparação com junho, quando 52% dos entrevistados viam as mudanças climáticas como um perigo imediato, o aumento é significativo.

O estudo foi conduzido com 2.029 pessoas com 16 anos ou mais, em 113 municípios, nos dias 7 e 8 de outubro, com uma margem de erro de dois pontos. Os resultados mostraram que a visão sobre as mudanças climáticas está passando por transformações, com mais brasileiros percebendo essa questão como uma urgência atual.

Além disso, a pesquisa apontou que a preocupação com eventos climáticos extremos diminuiu, passando de 43% em junho para 32% em outubro. Por outro lado, 7% dos entrevistados afirmaram não considerar as mudanças climáticas como um risco, enquanto 2% não souberam responder.

O aumento na percepção de risco está relacionado aos recentes acontecimentos no país, incluindo a grave estiagem, os incêndios florestais e a fumaça que tem impactado diversas regiões. No acumulado do ano, uma área equivalente ao estado de Roraima foi queimada no Brasil.

O desempenho do governo em relação ao meio ambiente também foi avaliado na pesquisa, mostrando que 40% dos brasileiros reprovam a gestão atual nessa área, enquanto 29% aprovam e 29% consideram regular. O mandato do presidente Lula, em relação ao meio ambiente, tem sido marcado por debates intensos e a promessa de fortalecer a agenda ambiental, especialmente com a figura da ministra Marina Silva.

O Brasil se prepara para sediar a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em 2025, e a expectativa é que questões ambientais ganhem ainda mais destaque no cenário político e social do país.

Publicado em: 25 de outubro de 2024

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