O secretário adjunto de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior, destacou que a operação foi realizada de forma tranquila e harmônica. Com 40 pessoas, a nova equipe de gestão iniciou a visita às áreas do hospital, com foco na assistência aos pacientes internados. A preocupação principal era verificar a segurança, a disponibilidade de insumos e as escalas de plantão, visando garantir o atendimento adequado aos cerca de 200 pacientes, incluindo aqueles na UTI e na emergência.
Enquanto a desocupação da sala de direção ocorreu sem incidentes, um grupo de servidores permaneceu protestando em uma área próxima à entrada do hospital. A presença desses manifestantes foi encerrada com a intervenção do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que utilizou spray de pimenta e precisou retirar alguns deles à força. Uma das manifestantes chegou a ser detida.
Ivanilda Ferreira Alves, técnica de enfermagem e servidora do hospital, denunciou a ação policial considerando-a truculenta e covarde. Ela ressaltou que os manifestantes estavam lutando de forma digna pela saúde pública e contestando a gestão da estatal federal Grupo Conceição, agora responsável pela administração do hospital.
A nova gestão tem como meta colocar mais de 200 leitos para funcionar em 90 dias, ampliar a capacidade da UTI e reabrir o setor de emergência, fechado desde 2020. Elaine Lopez, nova superintendente do hospital, destacou a importância do diagnóstico e da reabertura dos serviços em benefício da população atendida pela unidade.
O Grupo Conceição lançou um edital de contratação emergencial de 2,2 mil profissionais de saúde e planeja a aquisição de equipamentos para reativar os serviços que estavam interrompidos. O diretor presidente da instituição, Gilberto Barichello, ressaltou o compromisso de garantir a continuidade dos atendimentos e resolver as questões relacionadas à falta de medicamentos, insumos e equipamentos necessários para o pleno funcionamento do hospital.