Candidatos à prefeitura de São Paulo trocam acusações em debate eleitoral: Boulos pede abertura de sigilo e Nunes rebate insinuações de ligação com crime organizado.

Na sequência, prefeito leu trecho do promotor. “Abre aspas: ‘O criminoso conseguiu fugir por manobra jurídica’. Muito triste e lamentável esta constatação. É o comentário que o promotor faz sobre o senhor Boulos. Agora vem querer falar de conta. Eu sou uma pessoa íntegra, correta”, disse Nunes.

Boulos rebateu insinuando que Nunes mantém relação com o crime organizado, e voltou a sugerir que o prefeito abrisse seu sigilo. “Ricardo, se você é íntegro e correto, abre o sigilo, Ricardo. Por que você não abre o seu sigilo bancário? (…) Quando a gente for falar de tudo que você está envolvido, dos esquemas, desde lá de trás até agora na prefeitura (…) digite aí [espectador], ‘Ricardo Nunes, cunhado, PCC’, vá no Google e veja. E aí eu peço para ele abrir o sigilo bancário, ele diz que não abre, eu abro o meu.”

Boulos também associou Nunes à chamada “máfia das creches”. O prefeito, quando ainda era vereador, foi investigado por suposta relação em um esquema que privilegiou uma empresa de sua família. “Eu concordo com o Ricardo que bandido tem que estar preso, não em debate”, disse Boulos. “Inclusive bandido de máfia da creche e outros esquemas de corrupção que têm acontecido hoje em São Paulo.”

O candidato à reeleição respondeu afirmando que Boulos é “extremista”. “Uma pessoa que invadiu vários locais (…), tudo terreno particular e privado. Agora vem falar aqui de máfia de creche? Um assunto resolvido que o Ministério Público investigou, arquivou.”

Participam desta cobertura: Anna Satie, Bruno Luiz, Laila Nery, Rafael Neves e Wanderley Preite Sobrinho, do UOL, em São Paulo

Sair da versão mobile