Candidato à reeleição de São Paulo questiona adversário sobre aborto, drogas e Polícia Militar durante debate na Record e Estadão

Durante o debate promovido pela Record e pelo Estadão com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, um dos momentos mais intensos ocorreu quando o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), questionou seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), sobre questões controversas. Em um tom incisivo, Nunes perguntou a Boulos se ele é a favor do fim da Polícia Militar, do aborto e da descriminalização das drogas.

“Vou fazer uma pergunta muito objetiva, e gostaria que você pudesse falar ‘sim’ ou ‘não’: você já foi a favor da liberação de drogas? Sim ou não? Você já foi a favor do fim da Polícia Militar? Sim ou não? Você já foi a favor da legalização do aborto? Sim ou não?”, indagou Nunes.

A resposta de Boulos foi firme e direta. Ele reiterou seu apoio a um modelo policial baseado no que tem dado certo na Europa e destacou a importância de tratar todos os cidadãos com igualdade, independentemente de sua origem social. Além disso, Boulos fez questão de diferenciar sua posição em relação ao tráfico de drogas, ressaltando a importância de distinguir traficantes de dependentes químicos e defendendo um tratamento mais humano para este último grupo.

No tocante ao aborto, Boulos enfatizou seu compromisso com a vida e ressaltou que a legislação prevê situações em que a interrupção da gravidez é permitida, como em casos de estupro, risco de vida ou inviabilidade do feto. O candidato também aproveitou para lançar críticas ao prefeito, acusando-o de ter pessoas “muito suspeitas” ao seu redor e apontando casos de corrupção envolvendo a administração municipal.

O embate entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos evidenciou as divergências ideológicas e programáticas que marcam a disputa eleitoral na capital paulista. Enquanto o atual prefeito defende uma linha mais conservadora e punitiva, o candidato do PSOL se posiciona de forma mais progressista e inclusiva. Resta aos eleitores avaliar essas diferentes visões e decidir quem será o melhor representante para São Paulo.

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