A morte de Sinwar, líder do Hamas, anunciada pelo governo israelense após uma intensa caçada de mais de um ano, pegou a todos de surpresa, inclusive às tropas israelenses responsáveis pela operação. Segundo autoridades do país, inicialmente não sabiam que haviam capturado o inimigo número um de Israel após um tiroteio na quarta-feira.
Registros dentários, impressões digitais e testes de DNA foram cruciais para confirmar a identidade de Sinwar para Israel, que só teve a confirmação final da morte do líder nesta sexta-feira, quando o próprio Hamas anunciou a perda de seu membro chave.
Os serviços de inteligência israelenses foram reduzindo gradativamente a área de atuação de Sinwar, até que a Brigada Bislach, uma unidade responsável por treinar futuros comandantes de unidades, o encontrou por acaso em uma busca na região de Tal El Sultan, no sul de Gaza. Diferentemente de outras operações planejadas para atacar líderes do Hamas, o encontro que resultou na morte de Sinwar não foi pré-determinado.
De acordo com o porta-voz militar, tenente-coronel Nadav Shoshani, os soldados avistaram três suspeitos de serem militantes movendo-se entre prédios, sendo dois deles com roupas que escondiam suas identidades. Foi somente neste momento que perceberam que um dos alvos capturados se tratava de Sinwar, uma vitória inesperada para as tropas israelenses.
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