Até a última quinta-feira (17), cerca de 36 mil clientes da Enel, empresa concessionária responsável pelo fornecimento de energia, ainda estavam sem energia elétrica. O presidente destacou a importância de oferecer suporte às pessoas que tiveram prejuízos com o apagão, como a perda de eletrodomésticos, alimentos e mercadorias, e afirmou que o governo vai estabelecer uma linha de crédito para auxiliar na recuperação e no retorno à normalidade.
Lula também ressaltou que não está interessado em buscar culpados, mas sim em encontrar soluções para o problema enfrentado na região metropolitana de São Paulo. Especialistas consultados destacaram a falência do modelo de privatização do setor de distribuição elétrica no Brasil e a falta de planejamento da Enel e da prefeitura de São Paulo como fatores determinantes para a demora na reconexão da energia elétrica na capital paulista.
O apagão afetou aproximadamente 3,1 milhões de clientes e causou danos em diversas estruturas, como linhas de alta tensão, subestações, circuitos de média tensão, transformadores, postes e ocorrências com vegetação. Além disso, o setor de turismo e alimentação também foi impactado, com a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo solicitando ao governo estadual mais prazo para o pagamento de impostos devido aos prejuízos causados pelo apagão.
Os prejuízos estimados nos primeiros dias do apagão chegam a cerca de R$ 150 milhões no setor de turismo e alimentação, afetando principalmente micro e pequenos empresários. Além disso, as fortes chuvas e ventos que atingiram várias cidades paulistas resultaram em sete mortes, conforme confirmado pela Defesa Civil.
Diante do cenário de crise provocado pelo apagão e pelas consequências das intempéries, o governo busca implementar medidas para auxiliar a população e os setores atingidos, visando a recuperação e o retorno à normalidade na região metropolitana de São Paulo.