Ministro do STJ nega transações ilícitas e se pronuncia sobre supostas movimentações financeiras atípicas reveladas em relatório do Coaf.

O ministro do STJ Paulo Moura Ribeiro nega veementemente ter realizado transações ilícitas, mesmo sendo mencionado em um relatório do Coaf por supostas movimentações financeiras atípicas. Em resposta, ele justifica que os valores em questão correspondem a remunerações por aulas e palestras, bem como pagamentos relacionados à reforma de um imóvel de sua família.

O relatório do Coaf que envolve Moura Ribeiro foi incluído em um inquérito da Polícia Federal remetido ao STF, que investiga suspeitas de vendas de sentenças no STJ. Quando questionado, o ministro afirmou à imprensa que nunca esteve envolvido em atividades ilícitas e que sua conduta sempre foi pautada pela ética profissional.

As investigações que levaram às suspeitas sobre o STJ tiveram início após o assassinato de um advogado em Mato Grosso, que desencadeou no afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do estado pelo CNJ. Mensagens encontradas no celular da vítima levantaram questionamentos sobre possíveis vendas de decisões por gabinetes de ministros do STJ.

O caso ganhou notoriedade após o juiz de Cuiabá que conduzia a investigação ter questionado a polícia de forma questionável e realizar procedimentos sem a devida transparência. Diante disso, o CNJ interveio no caso e determinou o afastamento de desembargadores suspeitos de envolvimento com o advogado assassinado.

O presidente do STJ, Herman Benjamin, revelou que indícios de venda de decisões levaram ao afastamento de um servidor e à abertura de um processo administrativo disciplinar. Toda a situação gerou grande repercussão tanto na mídia quanto no meio jurídico, colocando em xeque a idoneidade do Poder Judiciário brasileiro.

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