Mercado financeiro vive dia de turbulências: dólar chega a R$ 5,70, maior valor desde agosto, e Bolsa de Valores tem segunda queda consecutiva

No cenário econômico nacional, o dólar teve um dia de alta expressiva, chegando a encostar em R$ 5,70 e atingindo o maior nível desde o início de agosto. A Bolsa de Valores (B3) também enfrentou turbulências, registrando a segunda queda consecutiva. Esses movimentos foram influenciados pelo recuo no preço do petróleo e pela expectativa de aumento da taxa de juros.

O dólar comercial fechou a sexta-feira cotado a R$ 5,698, com uma valorização de R$ 0,039 (+0,68%). Mesmo iniciando o dia em baixa, a moeda norte-americana reverteu a trajetória e começou a subir já nas primeiras horas de negociação. No ponto mais alto do dia, por volta das 16h40, o dólar chegou a ser negociado a R$ 5,70, o maior valor desde agosto.

Com um acumulado de alta de R$ 0,25 (+4,61%) somente em outubro, o dólar apresenta uma valorização de 17,41% ao longo do ano. No mercado de ações, o índice Ibovespa fechou em 130.499 pontos, com uma queda de 0,22%. Apesar de ter iniciado o dia em alta de 0,71%, o indicador logo reverteu o movimento e entrou em terreno negativo, influenciado principalmente por ações de petroleiras e empresas ligadas ao consumo.

Os fatores internos tiveram mais peso do que os acontecimentos no cenário internacional. A desconfiança dos investidores em relação ao aumento de gastos federais contribuiu para a pressão sobre o dólar e a Bolsa. A divulgação de que o crescimento econômico da China superou as expectativas no terceiro trimestre também teve impacto no mercado financeiro brasileiro.

Neste contexto, as expectativas em relação a cortes de gastos obrigatórios do governo não foram suficientes para acalmar os investidores. Tanto a ministra do Planejamento, Simone Tebet, quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram que um pacote de revisão de despesas será apresentado após o segundo turno das eleições municipais, mas a incerteza persiste no mercado.

É importante ressaltar que a situação econômica do país continua sendo monitorada de perto pelos investidores, que buscam entender as próximas medidas e seu impacto nos mercados financeiros.

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