Governo usará R$ 150 milhões do Fundo Garantidor de Operações para ajudar pequenas empresas após apagão em São Paulo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na última sexta-feira (18) que o governo federal irá disponibilizar uma linha de crédito no valor de R$ 150 milhões para auxiliar as pequenas empresas afetadas pelo apagão na região metropolitana de São Paulo. Essa medida faz parte de um conjunto de ações para mitigar os impactos econômicos causados pela falta de energia elétrica na região.

De acordo com Haddad, a liberação dos recursos será formalizada por meio de uma medida provisória que deve ser assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de sua viagem à Rússia na próxima semana. A expectativa é de que o dinheiro esteja disponível a partir de segunda-feira (21) para beneficiar cerca de 380 mil empresas na Grande São Paulo.

Para ter acesso a essa linha de crédito, as empresas terão que comprovar os danos causados pelo apagão mais recente, sendo exigida a apresentação de documentos que evidenciem os prejuízos. É importante ressaltar que os recursos utilizados para essa finalidade não provêm do Tesouro Nacional, mas sim do Fundo Garantidor de Operações.

Segundo o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, o Fundo Garantidor de Operações já teve R$ 100 bilhões emprestados no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. A taxa de inadimplência nesse programa é baixa, em torno de 7% a 8%, o que demonstra a eficácia do sistema de empréstimos.

Além da linha de crédito destinada às empresas afetadas pelo apagão, o governo federal irá prorrogar o prazo para regularização das dívidas contraídas junto ao Pronampe. Essa extensão poderá ser de até 60 dias, simplificando o processo e facilitando a recuperação econômica das empresas.

No entanto, é importante ressaltar que essa medida não se aplica a pessoa física que sofreu prejuízos durante o apagão, como a perda de eletrodomésticos. O foco do governo é auxiliar as pequenas empresas a superarem os desafios decorrentes da falta de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo.

Diante das críticas sobre a responsabilidade do governo diante do apagão, o ministro Haddad destacou que a destinação dos recursos do Pronampe para esse fim é uma ação emergencial e não representa uma assunção de culpa pelo blecaute. Ele ressaltou que os recursos disponíveis foram pensados para atender situações de emergência e que a medida visa amparar as pequenas empresas prejudicadas.

Além disso, o governo federal também está estudando maneiras de incentivar as empresas de menor porte a aumentar suas exportações, visando fortalecer a economia e proporcionar mais segurança aos negócios. A oferta de melhores condições para seguros de exportação e reembolso de créditos de impostos é um dos caminhos considerados para estimular as pequenas empresas a expandirem sua atuação no mercado internacional.

Em resumo, as medidas anunciadas pelo governo visam amparar as pequenas empresas afetadas pelo apagão na região metropolitana de São Paulo, garantindo apoio financeiro e incentivos para a recuperação econômica. A expectativa é de que essas ações contribuam para a retomada dos negócios e a revitalização da economia local.

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