Extrema direita e PT buscam ajustes para se aproximarem do centro nas eleições de 2026, diz colunista do UOL.

Análise política aponta mudanças necessárias nos principais partidos do Brasil

Assim como Valdemar Costa Neto, presidente do PL, o outro lado também sente a necessidade de promover ajustes. Segundo ele, a extrema direita alojada no partido precisa se aproximar do centro e colocou Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, no primeiro lugar da fila para 2026.

Quando Valdemar Costa Neto começa a abordar esse tema publicamente, é porque ele já admite que Bolsonaro não é mais uma opção viável para 2026 e que a extrema direita deve se aproximar do centro. Essa mudança também é necessária para a esquerda, uma vez que é no centro que se encontra a definição entre esses dois campos políticos, que atualmente estão em um impasse. Essa tendência não é exclusiva do Brasil, também está ocorrendo nos Estados Unidos.

Para o colunista Josias de Souza, do UOL, o PT deveria ouvir mais os conselhos de Haddad e se adaptar aos novos tempos, assim como a direita vem fazendo.

Segundo Josias, “O diagnóstico é muito bom, mas normalmente quando chega a hora de prescrever o remédio as pessoas acabam optando pelo purgante. Ninguém prescreve o remédio adequado. Haddad é uma das vozes mais lúcidas do PT atualmente. Ele consegue enxergar a necessidade do partido ampliar seus horizontes e dialogar com setores da sociedade com os quais não tem se comunicado adequadamente.”

Outro membro do PT que tem um discurso alinhado com os novos tempos é Edinho Silva, atual prefeito de Araraquara. Ele também merece mais atenção, pois estava cotado para suceder Gleisi Hoffmann na presidência do PT no próximo ano, mas após sua derrota nas eleições, surgiram rumores de que isso não irá se concretizar, porém, a derrota amadureceu ainda mais seu discurso.

Edinho destaca a necessidade do PT abandonar a polarização e passar a defender a união nacional. Lula, ao ser eleito pela terceira vez, prometeu seguir esse caminho, mas hoje governa apenas para uma parcela do país, abandonando essa proposta inicial.

Por: Jornalista X
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