Chegou o último dia da Açoforte, uma empresa nova assume e nos fizeram esperar pelo trabalho até hoje e nada, sem previsão de pagamento. A próxima empresa que talvez pague em dia assumiu, e não podemos entrar para trabalhar.
Outro ex-funcionário terceirizado do TJ-SP
Outro lado: empresa nega acusações
A empresa nega as acusações e diz que se os funcionários quiserem, poderão trabalhar em outros polos de prédios públicos ainda atendidos pela Açoforte. Sobre a falta de salário, a empresa diz que o TJ-SP fez a retenção de um montante suficiente para pagar todos os funcionários pendentes. A empresa diz que entregou um ofício com a folha de pagamento referente ao período do mês de setembro com benefícios e salários.
O TJ-SP, por sua vez, disse que “alguns desses pagamentos (cerca de 30 pessoas) estão pendentes por inconsistências nas contas bancárias ou CPFs informados, sendo necessária apenas a correção dos dados para a liberação de valores”. Os funcionários ouvidos, no entanto, dizem que receberam os salários atrasados de agosto, mas o de setembro continua pendente. Eles negam problemas na documentação.
O UOL questionou o órgão sobre os pagamentos do último mês e sobre o contato com os funcionários afastados. Havendo resposta, o texto será atualizado.
TJ-SP e empresa podem ser responsabilizados
Embora os funcionários sejam da empresa terceirizada, o TJ-SP também tem responsabilidade, diz Karolen Gualda Beber, advogada especialista em Direito do Trabalho. “Tem que escolher uma empresa boa sadia e vigiar a prestação para saber se ela está pagando direito, se está fazendo o recolhimento dos impostos. É dever da tomadora cuidar desse contrato, desse serviço. Em regra, eu tenho essa responsabilidade. Se eu escolhi mal, eu posso ser responsabilizado”, explica.