Produtividade na indústria brasileira volta a cair, mas estabilidade é esperada com medidas do governo, revela pesquisa da CNI

A produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira apresentou uma queda no segundo trimestre, de acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar da diminuição, o ritmo de queda foi menor em comparação com o primeiro trimestre do ano, indicando uma certa estabilidade no indicador.

Segundo a pesquisa Produtividade na Indústria, a queda foi de 0,3%, após uma redução de 1,4% no primeiro trimestre. O indicador leva em consideração a relação entre o volume produzido e o número de horas trabalhadas. Neste período, a produção industrial teve um aumento de 0,9%, porém as horas trabalhadas cresceram 1,3%, o que explica a redução na produtividade.

No entanto, a CNI ressalta que, apesar da queda, o recuo de 0,3% na produtividade do trabalho pode ser considerado estável. A entidade acredita que a produção manteve um crescimento constante no segundo trimestre, enquanto as horas trabalhadas tiveram um incremento, embora em menor ritmo do que nos trimestres anteriores.

Ao avaliar a produtividade levando em conta o total de trabalhadores, em vez do número de horas, o indicador apresentou um aumento de 0,4% no segundo trimestre, o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2022. A perspectiva da CNI é de que a produtividade deve crescer nos próximos trimestres, especialmente com o fim dos ciclos de treinamento dos novos trabalhadores contratados.

Além disso, a entidade destaca que as medidas recentes adotadas pelo governo federal, como as linhas de financiamento do eixo Indústria Mais Produtiva do Plano Mais Produção e a nova lei de depreciação acelerada, devem contribuir para a melhoria da produtividade no setor industrial. No entanto, o histórico aponta uma queda de 1,2% na produtividade da indústria brasileira de 2013 a 2023, refletindo a diminuição nas horas trabalhadas e no volume produzido.

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