Ministro venezuelano anuncia prisão de 19 estrangeiros acusados de planejar derrubada de Maduro após eleições contestadas.

Ministro do Interior da Venezuela anuncia prisão de 19 estrangeiros suspeitos de conspiração

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, revelou em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (17), a prisão de 19 estrangeiros suspeitos de planejar a derrubada do ditador Nicolás Maduro. As prisões aconteceram após as eleições presidenciais, que foram amplamente contestadas pela oposição e parte da comunidade internacional devido a acusações de fraude.

De acordo com Cabello, os detidos seriam membros de um “grupo de mercenários” supostamente ligados à agência de inteligência da Espanha, a CNI (Centro Nacional de Inteligência). Ele também afirmou que a CNI estaria atuando em colaboração com a CIA e o DEA dos Estados Unidos com o objetivo de desestabilizar o governo venezuelano.

O ministro ressaltou que o plano desses agentes estrangeiros era a derrubada da revolução bolivariana, referindo-se à polêmica reeleição de Maduro em julho. Segundo Cabello, o plano de ação da CNI envolvia enviar mercenários para a Venezuela para estabelecer contatos com organizações criminosas e coordenar ataques a pontos estratégicos no território.

Cabello também atribuiu a esses supostos agentes estrangeiros a responsabilidade por um apagão que afetou 25% do país no dia anterior à sua declaração. Além disso, ele afirmou que a CNI estaria contrabandeando armas para a Venezuela como parte do plano de desestabilização.

Detalhes sobre os estrangeiros presos

Dos 19 estrangeiros detidos, sete tiveram suas prisões anunciadas anteriormente, sendo quatro cidadãos americanos, dois espanhóis e um tcheco. Os espanhóis foram identificados como José María Basoa, 35 anos, e Andrés Martínez Adasme, 32 anos. As famílias dos detidos se manifestaram nas redes sociais denunciando o desaparecimento dos seus familiares no início de setembro.

O pai de Andrés Martínez Adasme, morador de Bilbao, negou que seu filho tivesse qualquer ligação com a CNI e afirmou que ele e o amigo estavam na Venezuela apenas a passeio.

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