Estudo revela presença de microplásticos em órgãos fetais através da placenta e leite materno, aponta pesquisa da Universidade de Rutgers.

Partículas de microplástico são identificadas em fluídos e tecidos de órgãos

Um estudo realizado pela Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, revelou que partículas de microplástico foram encontradas em fluídos e tecidos de órgãos, incluindo a placenta e o leite materno. Essa descoberta levanta preocupações sobre os possíveis impactos na saúde humana.

Segundo os pesquisadores, as partículas de microplástico conseguem atravessar a barreira placentária e se depositar nos tecidos fetais. O estudo, publicado na Science of The Total Envioronment, expôs seis ratos em gestação a aerossóis de poliamida, um tipo comum de microplástico na indústria têxtil, durante 4h30 por 10 dias não consecutivos.

Após o nascimento dos filhotes, amostras de órgãos como pulmão, fígado, rim, coração e cérebro foram coletadas e mostraram a presença de partículas de plástico, especificamente poliamida do aerosol, nos animais expostos durante a gestação.

Os pesquisadores ressaltam a importância dessas descobertas para a compreensão do impacto dos microplásticos na saúde humana. Ainda são necessárias mais pesquisas para quantificar a acumulação de microplásticos, sua toxicidade e o potencial impacto em grande escala.

O estudo definiu como microplásticos as partículas com menos de 5 milímetros de dimensão, que foram identificadas em amostras de ar, alimentos, bebidas e até mesmo em amostras de pulmão humano e fezes. Essas descobertas indicam que os microplásticos podem ser transmitidos da mãe para o feto, podendo afetar a saúde dos recém-nascidos.

Os pesquisadores alertam que a inalação de microplásticos pelas mães pode resultar na presença dessas partículas na relação materno-fetal, o que levanta preocupações sobre possíveis impactos na saúde dos bebês e a predisposição a doenças no futuro.

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