Conclusão do Comprova: Surgiu nas redes sociais a acusação falsa de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria autorizado a troca de 48 urnas eletrônicas de última hora com o intuito de prejudicar um candidato e favorecer outro. No entanto, após uma investigação minuciosa, o Comprova confirmou a inveracidade dessas alegações. Embora as imagens apresentadas sejam autênticas, a legenda do vídeo distorce os fatos ao atribuir a Moraes uma decisão que ele não teve participação.
A verdade é que Alexandre de Moraes deixou a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio deste ano e não possui qualquer ligação com a Justiça Eleitoral. Logo, não há evidências que confirmem que ele tenha ordenado a substituição de urnas eletrônicas durante o processo eleitoral. Quem está à frente da presidência do TSE atualmente é a ministra Cármen Lúcia.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) esclareceu que, durante o primeiro turno das eleições de 2024, 160 urnas foram substituídas na capital paulista devido a problemas técnicos identificados, representando apenas 0,6% do total de urnas do estado. As substituições foram autorizadas e executadas pelo cartório eleitoral responsável pelas seções com defeitos detectados.
Conforme informado pelo TRE-SP, os procedimentos de troca seguem as diretrizes estabelecidas na Resolução nº 23.736, do TSE, assegurando a integridade e segurança do pleito eleitoral. A urna substituída é prontamente trocada por uma urna de contingência previamente preparada, garantindo que os votos dos eleitores sejam mantidos com total segurança.
O TSE enfatiza que as urnas eletrônicas empregam tecnologias avançadas, como criptografia, assinatura digital e resumo digital, impedindo qualquer interferência não autorizada no sistema eleitoral. Qualquer tentativa de manipulação é bloqueada, garantindo a lisura do processo de votação.
O vídeo divulgado no aplicativo Telegram, que mostra a chegada de Alexandre de Moraes para votar, foi originalmente publicado pelo portal Metrópoles. No entanto, a legenda distorcida que sugere uma ação ilícita por parte do ministro foi desmentida pelo veículo de comunicação. O próprio Metrópoles esclareceu que não houve contato com a imprensa por parte de Moraes, sem mencionar a falsa acusação de manipulação das urnas eletrônicas.
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