No cenário político nacional, a relação entre o presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, tem sido marcada por altos e baixos. Mesmo após muitos desentendimentos, Bolsonaro e Moro mantiveram uma relação dúbia até a proximidade da eleição de 2022, com conflitos frequentes e poucos momentos de harmonia.
Na capital do lavajatismo, Curitiba, os finalistas da disputa municipal agora são o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), e a jornalista “cristã e conservadora” Cristina Graeml (PMB). Enquanto Pimentel escolheu como vice um defensor da monarquia e do movimento Escola Sem Partido, Graeml é conhecida por seu apoio fervoroso à cloroquina.
Os candidatos Leprevost e Rosângela Moro não conseguiram se destacar nos novos tempos pós-Lava Jato. A disputa acirrada entre o deputado e Moro reflete mais a impopularidade e a egotrip do ex-ministro do que a herança da operação anti-corrupção.
Além de Moro, a força-tarefa da Lava Jato contava com figuras importantes como o ex-procurador Deltan Dallagnol, que, apesar de ter tido seu mandato de deputado cassado, demonstra interesse crescente na política.
Dallagnol encontrou apoio em Eduardo Pimentel, que conta também com o respaldo do governador Ratinho Filho e do prefeito Rafael Greca, ambos do PSD, devido à falta de confiança de seu próprio partido, o Novo, em Moro.
Com uma lista extensa de opositores desde que ingressou na política, Moro enfrenta desafios para viabilizar uma possível candidatura ao governo do Paraná, segundo observadores locais.