Baixa presença feminina entre os laureados do Nobel ao longo da história: apenas 26 láureas científicas destinadas a mulheres.

Presença feminina no Nobel: uma análise histórica

As premiações científicas do Prêmio Nobel têm sido palco de discussão devido à ausência de pesquisadoras laureadas, especialmente nas áreas de Medicina, Física e Química. Nos últimos 12 anos, incluindo 2024, não houve mulheres entre os ganhadores dessas categorias.

Este ano, apenas uma mulher foi laureada em todas as categorias do prêmio. Han Kang, escritora sul-coreana, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura por sua prosa poética que aborda traumas históricos e a fragilidade da vida humana.

Essa falta de representatividade feminina não é novidade na história do Nobel. Ao longo dos anos, houve períodos em que somente uma mulher foi premiada em todas as categorias, sendo o último em 2021, quando a jornalista Maria Ressa ganhou o Nobel da Paz.

Em termos de premiações femininas, somente em 1976 duas mulheres compartilharam o Prêmio da Paz, e em 1991 e 2004 outras mulheres foram reconhecidas em diferentes áreas.

Neste ano, os prêmios científicos foram para Victor Ambros e Gary Ruvkun em Medicina, John J. Hopfield e Geoffrey E. Hinton em Física, e David Baker, Demis Hassabis e John Jumper em Química. A presença feminina entre os laureados ainda é uma questão a ser abordada, considerando que historicamente apenas 4% dos prêmios científicos foram para mulheres.

A escolha dos ganhadores do Nobel é um processo subjetivo, realizado pelos comitês responsáveis após indicações e votação. Em 2024, a maioria dos membros dos comitês de Medicina, Física e Química é composta por homens, evidenciando a necessidade de maior diversidade nas premiações científicas.

Apesar dos desafios históricos enfrentados por mulheres na academia, a presença de laureadas no Nobel ao longo dos anos demonstra o papel significativo das mulheres em importantes descobertas e inovações científicas.

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