Caixa Econômica Federal aumenta restrições para financiamento imobiliário a partir de novembro, exigindo entrada maior e menor percentual financiado

A partir do dia 1º de novembro, os mutuários que buscarem financiar imóveis pela Caixa Econômica Federal terão que se adaptar a novas regras mais rígidas impostas pelo banco. As mudanças afetam diretamente a concessão de crédito para imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que é responsável por financiar imóveis com recursos da caderneta de poupança.

Uma das principais alterações é em relação à entrada exigida dos mutuários. Para quem optar pelo sistema de amortização constante (SAC), em que a prestação diminui ao longo do tempo, a entrada subirá de 20% para 30% do valor do imóvel. Já para quem escolher o sistema Price, com parcelas fixas, o valor da entrada aumentará de 30% para 50%. Além disso, a Caixa só concederá crédito para aqueles que não possuírem outro financiamento habitacional ativo com o banco.

Outro ponto relevante é a limitação do valor máximo de avaliação dos imóveis pelo SBPE, que passa a ser de R$ 1,5 milhão em todas as modalidades do sistema. Anteriormente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) só era restrito a imóveis de até R$ 1,5 milhão, enquanto as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não tinham limite de valor.

De acordo com a Caixa, as mudanças serão aplicadas apenas aos futuros financiamentos e não afetarão as unidades habitacionais de empreendimentos já financiados pelo banco. Contudo, a instituição financeira alerta que a carteira de crédito habitacional do banco está prestes a extrapolar o orçamento previsto para 2024, o que justifica a implementação das novas restrições.

Essas medidas de aperto na concessão de crédito habitacional são uma resposta ao maior volume de saques na caderneta de poupança e às restrições impostas às Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Com o aumento da demanda e a necessidade de controlar os recursos disponíveis, a Caixa se viu obrigada a adotar medidas mais restritivas para garantir a sustentabilidade de seu programa de financiamento imobiliário.

No entanto, é importante ressaltar que a Caixa está constantemente estudando novas possibilidades para ampliar o acesso ao crédito imobiliário no país, em parceria com o mercado e o governo. A expectativa é que, com o tempo, novas soluções sejam encontradas para atender à demanda crescente por financiamentos habitacionais no Brasil.

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