A Colômbia se prepara para a COP16 em meio a possíveis represálias da guerrilha
A cidade de Cali, na Colômbia, está se preparando para sediar a Cúpula de Biodiversidade COP16, que acontecerá na próxima semana. O governo colombiano reforçou a segurança na região devido a “possíveis represálias” da guerrilha em resposta a operações militares recentes.
Dezenas de veículos blindados e 11 mil policiais e militares foram mobilizados em Cali para garantir o sucesso do evento, conforme declarou a vice-ministra da Defesa, Daniela Gómez, em entrevista à imprensa local. A COP16, organizada pela ONU, está marcada para ocorrer entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro.
O presidente Gustavo Petro assegurou que a segurança da COP16 está garantida, mesmo após confrontos intensos entre o exército colombiano e dissidências das Farc na região de Cauca, a cerca de 130 km de Cali. Os guerrilheiros pediram às delegações internacionais para não comparecerem à cúpula.
A vice-ministra da Defesa alertou para a possibilidade de represálias dos grupos armados organizados diante da recente operação militar no cânion de Micay. Em resposta, a presença da força pública foi reforçada para enfrentar a situação.
Os dissidentes das Farc, que haviam declarado uma trégua para facilitar a realização da COP16, retomaram a violência após a operação militar no cânion de Micay. O presidente Petro autorizou bombardeios contra os guerrilheiros que atacaram as forças de segurança.
O esquema de segurança para a COP16 está sendo supervisionado pelo general William Salamanca em Cali. A operação militar busca retomar o controle de uma região montanhosa onde os dissidentes das Farc se estabeleceram.
O presidente Petro busca resolver o conflito armado por meio de diálogos de paz, mas os ataques e violações de cessar-fogos por parte dos guerrilheiros têm dificultado o processo de negociação.