Os ataques ocorreram no último dia 13 de outubro, quando forças armadas israelenses invadiram uma base da Unifil, destruindo o portão principal e realizando disparos de tiros nas proximidades. Essa ação não foi um caso isolado, pois foi o terceiro dia consecutivo de ataques de Israel contra integrantes ou instalações da Unifil. Até o momento, cinco membros da missão de paz da ONU foram feridos.
O Brasil, que teve militares liderando a força marítima da Unifil entre 2011 e 2021, ressaltou que os ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU são inaceitáveis. O Itamaraty também criticou a solicitação do governo de Israel para a retirada da Unifil do sul do Líbano e o fim das hostilidades.
Por outro lado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, para retirar as tropas da ONU da região. Netanyahu argumentou que a presença da Unifil representa um obstáculo à segurança no local e reforçou sua posição em busca da saída da missão de paz.
Em meio a esses conflitos, Israel tem realizado uma série de bombardeios no território do Líbano nas últimas semanas. A justificativa do governo israelense é destruir o grupo Hezbollah, que controla o sul do Líbano e tem promovido ataques contra instalações militares israelenses em solidariedade aos palestinos da Faixa de Gaza.
As tensões entre Israel e o Líbano têm provocado o deslocamento de milhares de pessoas na região e representam um desafio para a estabilidade no Oriente Médio. A comunidade internacional, incluindo o Brasil, acompanha de perto a evolução desse conflito e busca soluções diplomáticas para garantir a paz e a segurança na região.