Conferência Espacial reúne potências mundiais em debate sobre o futuro da exploração lunar
Este ano, a conferência coloca em destaque as mentes espaciais de dois grandes rivais – os Estados Unidos e a China – sob o mesmo teto. No entanto, a ausência da agência espacial russa Roscosmos, uma potência histórica agora isolada do Ocidente, destaca as recentes falhas na cooperação espacial após a invasão da Ucrânia por Moscou em 2022.
Apesar disso, quase todos os 77 países membros da Federação Astronáutica Internacional (IAF) marcaram presença no congresso, prometendo debates sobre a exploração lunar, a crescente coalizão de países no programa lunar Artemis da Nasa e a necessidade urgente da Europa por um acesso mais soberano ao espaço.
O presidente da Federação, Clay Mowry, anunciou que um recorde de 7.197 resumos técnicos foi submetido para este congresso, com 37% dos trabalhos sendo apresentados por estudantes e jovens profissionais.
“Este é o momento mais empolgante no espaço desde a era Apollo na década de 1960”, afirmou Mowry em entrevista à Reuters.
O administrador da Nasa, Bill Nelson, pretende angariar apoio no congresso para a estratégia da agência de envolver empresas privadas na substituição da Estação Espacial Internacional, que será aposentada em 2030. O laboratório científico em órbita, considerado um símbolo da diplomacia espacial, tem sido liderado por EUA e Rússia, apesar dos conflitos na Terra.
A Nasa, que está investindo bilhões de dólares em seu programa lunar Artemis, busca manter uma presença na órbita terrestre baixa para competir com a estação espacial Tiangong da China, que abriga astronautas chineses de forma contínua há três anos.