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Seca histórica: Rio Paraguai atinge nível mais baixo já registrado, impactando economia e meio ambiente na região do Pantanal.

O Rio Paraguai atingiu um marco preocupante, chegando ao seu nível mais baixo já medido, de acordo com informações do Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A medição aponta que o rio está 62 centímetros abaixo da cota de referência, ultrapassando a mínima anterior registrada em 1964, que foi de 61 centímetros abaixo da cota. Esses dados foram obtidos no posto de Ladário, próximo à cidade de Corumbá (MS), na fronteira com Porto Quijarro (Bolívia).

A situação crítica do Rio Paraguai tem preocupado autoridades e pesquisadores, que apontam para as graves consequências dessa seca histórica. A cota padrão do rio é de 5 metros de profundidade média, e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) já havia alertado anteriormente sobre o menor nível histórico do rio. Essa condição afeta diretamente a economia, o meio ambiente, o turismo, a pesca e o abastecimento de comunidades ribeirinhas.

Os impactos da redução drástica no nível do Rio Paraguai são associados à variabilidade climática e à escassez de chuvas na bacia hidrográfica. A recuperação dos níveis na região deve ser lenta, de acordo com projeções do SGB. A expectativa é que o nível em Ladário fique abaixo da cota até a segunda quinzena de novembro, mesmo com as chuvas que estão ocorrendo.

Além disso, a situação do Rio Paraguai afeta a navegação na região, com a Marinha emitindo alertas de riscos e indicando precauções de segurança aos navegantes. Os impactos se estendem também para a exploração econômica da região, já que o Rio Paraguai é uma das seis hidrovias prioritárias para concessão à iniciativa privada, visando acelerar o transporte de cargas e impulsionar a atividade econômica na região.

Por fim, a situação do Rio Paraguai reflete não apenas uma questão ambiental, mas também econômica e social, evidenciando a necessidade de ações urgentes para lidar com os impactos da seca e garantir a sustentabilidade da região. A população ribeirinha, a biodiversidade e as atividades econômicas locais estão diretamente afetadas por essa crise no nível do rio.

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