Nasa lança missão Europa Clipper com objetivo de explorar possível vida em lua de Júpiter

No dia 14 de setembro, a Nasa espera lançar sua missão interplanetária mais importante desde a partida do rover Perseverance, em 2020. A missão Europa Clipper tem como objetivo determinar a potencial habitabilidade da lua de Júpiter, Europa.

A missão, tratada como uma das principais da agência espacial americana, possui um custo de US$ 5,2 bilhões, tornando-se uma das mais caras desse tipo de missão. Esse alto custo está relacionado à complexidade do projeto e à longa duração da missão.

O lançamento está previsto para ser realizado por um foguete Falcon Heavy, da SpaceX, a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. A sonda só deve chegar às imediações de Júpiter em abril de 2030, após realizar sobrevoos em Marte e na Terra para ajustar sua trajetória.

A sonda Europa Clipper, com seus painéis solares de 22 metros, terá a missão de gerar 600 watts para operar seus nove instrumentos. A sonda, que pesa seis toneladas, irá explorar a lua de Europa de Júpiter, investigando a possibilidade de um oceano de água líquida sob a crosta de gelo da lua.

Embora a missão não tenha o objetivo declarado de encontrar vida na lua Europa, a sonda buscará caracterizar o oceano subsuperficial e seu conteúdo para confirmar sua habitabilidade. A análise de plumas de água que podem ser ejetadas por fissuras na crosta de gelo será um dos pontos focais da missão.

O ambiente ao redor de Europa é desafiador, com um intenso cinturão de radiação gerado pelo campo magnético de Júpiter. Isso exigiu que a sonda fosse reforçada com titânio e alumínio para proteger a eletrônica contra a radiação.

Após testes exaustivos dos componentes da sonda, a Nasa comunicou que estava pronta para o lançamento. A previsão é que a Europa Clipper opere em órbita de Júpiter por cerca de quatro anos, revelando informações valiosas sobre a lua de Europa.

O lançamento da missão Europa Clipper é aguardado com expectativa pela comunidade científica, que espera obter novos insights sobre a possibilidade de vida em outros corpos celestes dentro do nosso próprio Sistema Solar.