Enel fica aquém das expectativas e ação é mais lenta que no apagão de novembro, afirma diretor da Aneel

Ação da Enel em 2023 é criticada por autoridades regulatórias

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa Neto, fez duras críticas à ação da Enel neste ano, afirmando que a empresa não atendeu às expectativas e que a recuperação do serviço de energia foi mais lenta do que em eventos anteriores. Em um comunicado divulgado neste domingo, Feitosa Neto destacou que a Enel demorou 42 horas para restabelecer 60% dos consumidores afetados, um tempo maior do que no apagão de novembro do ano passado.

O diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Tiago Mesquita, expressou sua preocupação com a capacidade de mobilização da empresa e a velocidade de resposta aos problemas. Segundo Mesquita, a comparação entre os dois eventos reflete a necessidade de melhorias por parte da Enel, principalmente considerando o grande número de pessoas afetadas na Grande São Paulo em ambos os casos.

Diante das críticas e da pressão regulatória, a Enel anunciou um aumento significativo nos investimentos na rede de distribuição, com um aporte de R$ 2 bilhões por ano nos próximos dois anos. O presidente da empresa, Guilherme Lencastre, ressaltou a importância de investir em tecnologia para garantir uma recuperação mais rápida do serviço e minimizar o impacto sobre os consumidores.

“Estamos focando em melhorias na infraestrutura, utilizando tecnologia avançada na rede e realizando investimentos em manutenção, como podas de árvores, para garantir a qualidade do serviço e a segurança dos clientes”, afirmou Lencastre.

Diante dos desafios enfrentados e das cobranças das autoridades regulatórias, a Enel se comprometeu a aprimorar seus processos e investir em soluções para garantir um fornecimento contínuo e estável de energia elétrica para a população.

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