De acordo com o Banco Central, as instituições atuantes no mercado financeiro que tenham capacidade de testar o modelo de negócios proposto podem participar do projeto-piloto. Os contratos inteligentes, gerados pela tecnologia blockchain, são programas que executam automaticamente os termos e condições de um contrato quando ativado.
Essa tecnologia agiliza processos como transferências de dinheiro, pagamentos, registros e multas, reduzindo etapas burocráticas e custos. Operações como compra e venda de veículos, imóveis e ativos do agronegócio podem se beneficiar com contratos inteligentes, automatizando processos e acelerando transações.
As propostas para a segunda fase do Drex devem ter no máximo cinco páginas e ser enviadas para o e-mail piloto.drex@bcb.gov.br. O projeto escolhido deve formalizar um termo de participação e designar um representante técnico para a coordenação. As propostas devem detalhar o modelo de negócio, impactos positivos esperados, soluções de privacidade, metodologia de testes e possíveis impedimentos legais.
O Banco Central iniciou os testes com a plataforma em março de 2023, com o objetivo de permitir o registro de ativos financeiros da versão digital do real. A plataforma Hyperledger Besu foi escolhida por operar com código aberto e garantir privacidade nas transações. Em junho do ano passado, 16 consórcios foram selecionados para participar do projeto piloto e desenvolver sistemas acoplados ao Hyperledger Besu.
A segunda fase de testes começou em julho com os 16 consórcios autorizados na primeira etapa. A expectativa é que os testes com os contratos inteligentes se estendam até o fim do primeiro semestre de 2025. Atrasos no desenvolvimento da moeda digital e problemas de privacidade detectados na primeira fase de testes foram alguns dos desafios enfrentados pelo Banco Central até o momento.