No interior, a situação não é melhor, com 2.668 consumidores sem luz na área atendida pela CPFL Paulista, 594 na da CPFL Piratininga e 99 na da CPFL Santa Cruz. A Elektro reporta 6 mil clientes sem energia, porém 91% dos casos já foram resolvidos. O Governo do Estado e o Procon-SP estão demandando explicações detalhadas da Enel sobre como o atendimento tem sido efetuado, como os equipamentos foram afetados pelo fenômeno e quais medidas estão sendo tomadas para garantir o restabelecimento no prazo estipulado.
A Enel informou que está mobilizando cerca de 1,6 mil técnicos em campo, inclusive com suporte de outras concessionárias do grupo em diferentes estados. Na RMSP, além da capital, cidades como São Bernardo do Campo, Cotia e Taboão da Serra estão entre as mais afetadas, com previsões de restabelecimento se estendendo até a próxima quarta-feira. O apagão também está impactando a distribuição de água, com a Sabesp reportando problemas em diferentes regiões metropolitanas.
A tragédia das chuvas da última sexta-feira resultou em mais de 500 ocorrências em toda a região, com sete mortes registradas, desabrigados e uma cidade decretando situação de emergência. A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) está planejando entrar com um processo judicial contra a Enel, solicitando o ressarcimento dos prejuízos causados aos estabelecimentos, que foram impactados pelo apagão. O setor estima um prejuízo de meio bilhão de reais devido ao blecaute. A situação permanece tensa e a população segue sofrendo com as consequências do temporal.