Investigações em curso para apurar contaminação por HIV em transplantes no Rio de Janeiro: autoridades se unem em busca de respostas.

Uma situação grave tem preocupado as autoridades de saúde no Estado do Rio de Janeiro. Seis pacientes transplantados foram contaminados pelo vírus HIV, levantando uma série de questionamentos e demandando investigações para esclarecer o ocorrido.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em conjunto com as Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal do Rio de Janeiro e o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, estão coordenando as ações para apurar a contaminação dos pacientes. Segundo a Anvisa, a prioridade é monitorar os receptores dos órgãos transplantados e realizar novos exames pré-transplante no Instituto Estadual de Hematologia Árthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), no Rio, para garantir a segurança dos procedimentos.

Como medida preventiva, o Laboratório de Patologia Clínica PCS Lab Saleme foi interditado pela Vigilância Sanitária local, com orientação técnica da Anvisa, até que as investigações sejam concluídas. As autoridades estaduais e municipais do Rio, juntamente com as Vigilâncias Sanitárias, o Ministério da Saúde e a Anvisa, estão trabalhando em conjunto para elucidar a situação e garantir a segurança dos transplantes, seguindo todos os requisitos técnicos necessários para a saúde dos pacientes e o bem-estar coletivo.

Em meio a isso, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu informou que o contrato com a empresa PCS Laboratório Saleme foi encerrado, passando a ser administrado por organizações sociais responsáveis pela rede de atenção básica do município. O médico Walter Vieira, sócio do laboratório interditado pela Anvisa, foi afastado de suas funções na sexta-feira, sendo investigado juntamente com a empresa.

Diante da gravidade do caso, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou um inquérito civil para apurar as irregularidades nos transplantes. O governador Cláudio Castro determinou rigor e rapidez nas investigações, afirmando que a situação é inadmissível e que será tomada todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos serviços de transplantes no estado.

As famílias dos pacientes afetados podem contar com apoio do Ministério Público, que está disponível para receber denúncias e prestar atendimento individualizado. A investigação abrange não apenas a contaminação dos pacientes, mas também possíveis irregularidades nos processos de contratação e licitação relacionados ao caso.

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