Descoberto DNA do tripulante da expedição de Franklin

Em 1845, a expedição liderada por sir John Franklin partiu da Inglaterra em busca da Passagem Noroeste e desapareceu na vastidão implacável do Ártico canadense. Os 128 homens que integravam a tripulação perderam suas vidas e, durante muito tempo, o mistério sobre o que aconteceu permaneceu sem resposta.

Recentemente, pesquisadores utilizando um método sofisticado de correspondência de DNA conseguiram identificar os restos mortais do capitão James Fitzjames, terceiro oficial de maior patente da expedição, que faleceu em 1848 ao tentar escapar do gelo junto com outros membros da tripulação.

Essa descoberta representa um marco na investigação dos eventos que levaram ao desfecho trágico da expedição de Franklin. O arqueólogo Douglas Stenton, da Universidade de Waterloo, divulgou suas descobertas em um artigo recente no Journal of Archaeological Science, enfatizando a importância de cada nova descoberta para o entendimento desse capítulo da história.

“Foi uma anomalia o que aconteceu com essa expedição. Foi o pior desastre de exploração na história do Ártico”, afirmou o pesquisador.

Além da identificação de Fitzjames, outras pistas e artefatos da expedição foram encontrados espalhados pela ilha do Rei Guilherme e península de Adelaide, no Canadá. Cada nova descoberta traz consigo um renovado fascínio sobre esse trágico evento que marcou o século XIX.

Os navios da expedição, HMS Erebus e Terror, foram encontrados em 2014 e 2016, respectivamente, mas muitos mistérios ainda cercam o que levou ao fim prematuro da tripulação, apesar de sua experiência e preparação.

O destino da expedição Franklin ganhou destaque na cultura popular, inspirando obras literárias e cinematográficas que buscam recontar e interpretar os eventos que culminaram na tragédia. A descoberta do DNA de Fitzjames representa mais um passo na busca pela verdade por trás desse enigma histórico.