Essa quantidade representa o tamanho do estado de Roraima e é 150% maior do que no mesmo período de 2023, quando o fogo atingiu 8,98 milhões de hectares. A vegetação nativa foi a mais afetada, representando 73% da área queimada, principalmente a formação florestal, enquanto as áreas de uso agropecuário também foram atingidas, representando 20,5% do total.
Os estados mais impactados pelos incêndios foram Mato Grosso, Pará e Tocantins, que somaram mais da metade do território queimado, com 5,5 milhões, 4,6 milhões e 2,6 milhões de hectares afetados pelo fogo, respectivamente. O município paraense de São Félix do Xingu foi o mais atingido, seguido por Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
A região mais afetada foi a Amazônia, que representou 51% do total de hectares queimados nos nove primeiros meses do ano, totalizando 11,3 milhões de hectares devastados. A diretora de ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, que coordena o MapBiomas Fogo, destacou que a seca mais severa causada pelas mudanças climáticas agravou a crise dos incêndios na região em 2024.
No bioma Amazônico, 5,5 milhões de hectares foram queimados em setembro, sendo 2,8 milhões deles de formação florestal. O Cerrado também foi severamente afetado, com 8,4 milhões de hectares consumidos pelo fogo nos nove meses, sendo 4,3 milhões deles queimados apenas em setembro. Já o Pantanal registrou um aumento de 2.306% na área queimada em comparação com a média dos últimos cinco anos, totalizando 1,5 milhão de hectares consumidos pelo fogo.
Outros biomas do Brasil, como a Mata Atlântica, Caatinga e Pampas, também foram afetados pelos incêndios, com quantidades variadas de hectares devastados. A situação preocupante dos incêndios florestais em todo o país aponta para a importância de medidas efetivas de proteção ambiental e combate às mudanças climáticas.
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