Assessor de Direitos Humanos defende posse de vereador ligado a torturador da ditadura militar em Porto Alegre e pede conduta democrática

Assessor especial do Ministério dos Direitos Humanos defende posse de Marcelo Ustra como vereador

O assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, expressou sua opinião favorável à posse do tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares (PL) como vereador em Porto Alegre. Miranda destacou a importância de uma conduta democrática por parte de Ustra, apesar de ressaltar que seu nome pode causar controvérsias.

Marcelo Ustra, que utilizou o nome “Coronel Ustra” durante sua campanha eleitoral, recebeu apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que anteriormente exaltou Carlos Alberto Brilhante Ustra, primo do vereador eleito. Carlos Alberto Brilhante Ustra foi chefe do DOI-Codi, órgão de repressão durante o período militar, e foi o primeiro torturador condenado no Brasil.

Para Miranda, a questão central é a memória histórica e o conhecimento do passado. Ele enfatizou a importância de informar a população sobre as ações de Ustra e seu primo, afirmando que é fundamental que essas informações estejam presentes em diversas formas de expressão cultural e educacional.

Em sua declaração, Nilmário Miranda, que foi preso e torturado durante o regime militar, manifestou sua expectativa de que os debates na Câmara de Vereadores de Porto Alegre sejam conduzidos de forma civilizada na presença de Marcelo Ustra. Ele ressaltou a importância de uma postura democrática por parte do vereador eleito, independentemente de seu nome ou histórico familiar.

A posse de Marcelo Ustra como vereador em Porto Alegre continua gerando discussões e reflexões sobre a memória da ditadura militar no Brasil e a importância do respeito aos direitos humanos e à democracia.


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