Próximo presidente do Banco Central passará por sabatina no Senado

No dia 8 de março, a partir das 10h, o atual diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, passará pela sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para possível nomeação como presidente do BC. Se aprovado, ele ocupará o cargo de 2025 a 2028.

O tema da autonomia do futuro presidente do Banco Central e a possível interferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na instituição prometem ser assuntos centrais do debate. Galípolo foi indicado por Lula em agosto para suceder o atual presidente, Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro em 2019.

Durante a sabatina, questões como a taxa básica de juros (Selic), inflação, crédito, endividamento da população brasileira e o mercado de bets no Brasil devem ser abordadas. Aos 42 anos e natural de São Paulo, Galípolo era uma indicação esperada, já que vinha exercendo papel de destaque como mensageiro do Copom nos últimos meses.

Após a sabatina na CAE, o nome de Galípolo será levado ao plenário do Senado ainda no mesmo dia, onde precisará da maioria dos votos para ser oficialmente aprovado. Em sua última votação para diretor de Política Monetária, em julho de 2023, obteve 39 votos a favor, 12 contra e uma abstenção.

No dia anterior à sabatina, Galípolo se reuniu com Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e também visitou a residência oficial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, acompanhado do líder do governo, senador Jaques Wagner.

Em agosto, a indicação de Galípolo foi bem recebida por empresários, banqueiros, ministros do governo e pelo mercado, que o veem como um “nome técnico” para o cargo de presidente do Banco Central.