Resgate histórico: livro de charges revela críticas sociais e transformações urbanas do Rio de Janeiro no século XIX.

Charge: Único meio de se andar pelas ruas do Rio de Janeiro durante as obras da companhia de esgoto

O projeto “O Rio de Janeiro Através das Charges: 1860 a 1906” está em destaque no cenário cultural da cidade. Com o objetivo de resgatar obras marcantes e apresentá-las de forma moderna, os pesquisadores Elizabeth Dezouzart Cardoso e Sergio de Niemeyer Lamarão uniram forças para realizar essa iniciativa. O projeto, que conta com um orçamento de R$ 143.440,78, está em busca de recursos por meio da Lei Rouanet até o final do ano.

O livro, que será uma coletânea de charges, tem como propósito abordar as críticas sociais e transformações urbanas vividas pelo Rio de Janeiro nos séculos XIX e XX. O humor presente nas charges será utilizado como ferramenta de reflexão, conforme destacam os autores.

“As charges são mais do que simples humor, elas são um reflexo visual das lutas e conquistas da sociedade carioca em momentos cruciais de sua história”, ressalta Elizabeth Dezouzart. Já Sergio de Niemeyer Lamarão destaca a importância dessas obras para a compreensão do cotidiano carioca e suas complexidades.

Com enfoque na Reforma Pereira Passos, as charges revelam as contradições da cidade e as mudanças impostas à população mais vulnerável. Artistas como Angelo Agostini e Bordalo Pinheiro produziram charges críticas e bem-humoradas, que serão resgatadas nesse projeto pioneiro.

Por estarem em domínio público, as charges poderão ser utilizadas sem restrições, o que amplia o alcance e a pesquisa sobre a história do Rio de Janeiro. O livro promete revelar aspectos interessantes e pouco conhecidos da cidade, oferecendo uma nova perspectiva aos leitores e pesquisadores.

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