Prêmio Nobel em Física de 2023 reconhece avanços em redes neurais artificiais de Hopfield e Hinton

O Prêmio Nobel em Física deste ano veio em profunda sintonia com os nossos tempos. Concedido a John Hopfield, dos EUA, e Geoffrey Hinton, do Canadá, por “descobertas fundacionais e invenções que permitem o aprendizado com redes neurais artificiais”. Em resumo, por pesquisas com inteligência artificial.

Até hoje, a Academia Real de Ciências da Suécia, responsável pela gestão do Prêmio Nobel em Física, já concedeu 117 deles, entre 1901 e 2023, para 224 laureados.

O valor da premiação, 11 milhões de coroas suecas (pouco mais de R$ 5,5 milhões), será dividido entre os escolhidos deste ano. A premiação foi estabelecida como desejo deixado em testamento por Alfred Nobel, químico e empresário sueco famoso pela invenção da dinamite no século 19.

Os últimos vencedores, em 2023, foram Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier, “por métodos experimentais que geram pulsos de luz de attossegundos para o estudo de dinâmica de elétrons na matéria”.

Resultados ligados à mecânica quântica e ao comportamento da matéria nas menores escalas têm sido reconhecidos com frequência pelos acadêmicos, mas uma grande variedade de temas também tem se manifestado, sobretudo no campo da astronomia, que tradicionalmente não era muito celebrado.

Em anos recentes, houve prêmios para resultados ligados a buracos negros (2020), cosmologia e exoplanetas (2019), e ondas gravitacionais (2017). Um destaque importante foi dado em 2021 para o estudo das mudanças climáticas, numa rara premiação em tempos recentes ligada a geofísica.

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