Pedalar pode reduzir sintomas do Parkinson e organizar atividade cerebral, aponta estudo divulgado na revista Plos One.

Estudo revela benefícios da atividade cerebral ao pedalar

No último dia 2, um estudo publicado na revista Plos One trouxe novas descobertas sobre os efeitos positivos do ato de pedalar no funcionamento e na organização da atividade cerebral. Além disso, a pesquisa demonstrou que pedalando é possível ativar sistemas que produzem dopamina, trazendo esperança para pessoas com doenças neurodegenerativas, como o Parkinson.

Realizado por pesquisadores das universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Paraná (UFPR), em parceria com instituições do Reino Unido, o estudo contou com a participação de 24 voluntários saudáveis. A atividade elétrica cerebral foi monitorada com eletrodos fixados no couro cabeludo dos participantes, que foram avaliados em repouso e durante o pedalar em bicicletas ergométricas.

O neurocientista John Fontenele Araújo, líder da pesquisa, explicou que a escolha das bicicletas ergométricas se deu pela facilidade de registrar a atividade cerebral com esse modelo, sem interferências externas. Os resultados mostraram que a atividade cerebral durante o pedal é menos intensa e mais organizada do que em repouso, o que sugere uma maior concentração na ativação de neurônios específicos.

Para pacientes com Parkinson, a descoberta pode representar avanços no tratamento da doença. A estimulação produzida pelo movimento das pernas ao pedalar pode ativar circuitos que liberam dopamina, o que contribui para a melhoria dos sintomas, como os tremores característicos da doença.

A longo prazo, a prática regular do pedal pode auxiliar na diminuição dos tremores, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Araújo ressaltou que o exercício não precisa ser intenso para ativar os circuitos de dopamina, destacando os benefícios da atividade física para a saúde cerebral de forma geral.

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