Profissionais na linha de frente do combate às queimadas buscam regulamentação e melhores condições de trabalho

Recentemente, brigadistas florestais contratados pelo governo federal ganharam destaque por atuarem incansavelmente no combate às queimadas que assolam o Brasil. Esses profissionais, essenciais para a preservação dos biomas do país, ainda enfrentam desafios em relação à regulamentação de suas carreiras e às condições de trabalho.

Atualmente, os brigadistas recebem um salário mínimo de R$ 1.412, além de um adicional de insalubridade de 20% do vencimento. Em cidades maiores, como Brasília e Rio de Janeiro, a remuneração chega a R$ 1.953. No entanto, a categoria busca melhorias, especialmente em meio ao aumento da demanda causada pelo avanço da crise climática.

Para abordar essa questão, a deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) apresentou um projeto de lei na Câmara com o objetivo de regulamentar a profissão de brigadista. O projeto prevê benefícios importantes, como assistência médica, psicológica e seguro de vida em casos de acidente, visando garantir mais segurança e suporte para esses profissionais.

Os brigadistas atuam sob contrato temporário, sem prorrogação, e realizam um trabalho árduo no combate às queimadas. Dados do Ibama indicam que, até o fim de agosto, cerca de 1.907 brigadistas foram enviados a campo para enfrentar os incêndios, evidenciando a importância desses profissionais no combate a esse grave problema ambiental.

Um dos brigadistas entrevistados, Lucas Alves Maia, relata sua experiência como supervisor na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Ele destaca a importância do trabalho desses profissionais e os desafios enfrentados no dia a dia, incluindo plantões exaustivos e situações de alta periculosidade.

Além das condições adversas de trabalho, a falta de regulamentação e de melhores salários são questões urgentes a serem discutidas e solucionadas. O reconhecimento e a valoração dos brigadistas são essenciais para incentivar e manter esses profissionais dedicados ao combate das queimadas e à preservação ambiental.

É fundamental que o governo e órgãos competentes atuem para garantir melhores condições de trabalho e remuneração aos brigadistas, reconhecendo a importância vital de seu trabalho para a conservação dos ecossistemas brasileiros e a proteção da biodiversidade.