Uma pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado revelou que 59% dos brasileiros acreditam que os incêndios florestais que ocorrem no país são provocados por ações criminosas, com o intuito de promover a desordem. A análise dos dados coletados foi feita pela chefe do Serviço de Pesquisa e Análise do DataSenado, Isabela de Souza Lima Campos. Ela destacou que essa percepção pode ser resultado do aumento da conscientização ambiental e da divulgação de notícias sobre o tema.
O levantamento, que ouviu 1.220 cidadãos de 16 anos ou mais em todo o Brasil, também apontou que quase a totalidade da população (97%) considera os incêndios recentes como “muito graves”. Além disso, cerca de 25,4 milhões de pessoas relataram problemas de saúde nos últimos 30 dias, como asma, bronquite ou pneumonia, devido à fumaça gerada pelas queimadas.
Gravidade dos incêndios
Os incêndios florestais liberam poluentes no ar, como gases tóxicos, agravando problemas respiratórios, especialmente em pessoas com condições preexistentes. Os meses de agosto e setembro deste ano registraram o maior número de focos de incêndio dos últimos 14 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Diante desse cenário alarmante, a presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), senadora Leila Barros, enfatizou a urgência de ações do Legislativo para combater os incêndios florestais. Ela ressaltou a importância de colocar o meio ambiente no centro da agenda legislativa.
Projetos de lei
No Senado, estão em análise sete projetos que visam combater os incêndios, sendo seis deles focados em endurecer as penas para crimes ambientais. Entre as propostas, destaca-se o PL 3.589/2024, que propõe dobrar o período de reclusão para quem provocar incêndios intencionais.
Outra medida em discussão, o PL 3.517/2024, classifica como crime hediondo os incêndios intencionais em áreas rurais. Esses projetos refletem a preocupação dos parlamentares em responsabilizar os criminosos e proteger o meio ambiente.
Com os dados da pesquisa em mãos, os senadores têm subsídios para elaborar políticas públicas e ações de conscientização mais eficazes em relação aos incêndios florestais no Brasil.
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