O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, concedeu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (7) para discutir o significado do avanço do centrão nas eleições municipais. Durante o encontro, Padilha destacou que não há uma ligação direta entre o pleito municipal e o cenário político nacional, negando possíveis repercussões para as eleições de 2026. Ele reiterou: “Tentam fazer uma relação direta entre o que é o resultado da eleição municipal com a eleição nacional, que nunca existiu no Brasil. Não existe essa relação direta.”
Padilha também apontou para o crescimento de partidos componentes do centro, que já vinham expandindo sua presença desde 2020, e reforçou que esses partidos são apoiadores do governo atual. Legendas como MDB, PP, PSD, União Brasil e PL foram algumas das que mais elegeram vereadores neste pleito. O ministro afirmou que essa tendência já vinha sendo observada desde as eleições municipais anteriores em 2020, com um aumento significativo dos partidos de centro e centro-direita no país.
No que diz respeito à avaliação do governo neste primeiro turno, Padilha destacou o crescimento do PT através das federações partidárias para prefeitos. A Federação Brasil Esperança, composta também por PCdoB e PV, registrou um aumento no número de prefeitos eleitos em comparação com a última eleição, passando de 179 para 248. Apesar de não ter eleito prefeitos nas capitais, o PT avançou para o segundo turno em quatro delas.
O ministro ressaltou a importância da frente ampla e mencionou vitórias de aliados do presidente Lula, como a de Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro. Ele também destacou o sucesso de João Campos (PSB) em Recife, que concorreu contra uma figura apoiada por Jair Bolsonaro.
Em relação ao apoio de Lula a candidatos no segundo turno, Padilha confirmou que o ex-presidente continuará engajado, apoiando nomes como Guilherme Boulos (Psol) em São Paulo e Evandro Leitão (PT) em Fortaleza. Ele enfatizou que a presença de Lula nas campanhas será conforme possível, e que o presidente continuará viajando os estados, entregando obras e participando ativamente.
Para Padilha, a extrema-direita no país é forte, mas acredita que as lideranças que compõem a frente ampla de Lula têm condições de derrotar essas forças no segundo turno. Ele concluiu afirmando: “Acreditamos que, no segundo turno, essas lideranças que compõem essa frente ampla do presidente Lula têm todas as condições de derrotar, inclusive, essas lideranças de extrema-direita.”