Distúrbios do sono e desempenho cognitivo: impacto no envelhecimento da população adulta e idosa em estudo recente.

Como distúrbios do sono afetam o desempenho cognitivo de adultos e idosos

Nossas avós sempre falavam da importância de uma boa noite de sono, e não é à toa. O sono desempenha um papel crucial no processo de envelhecimento e sua qualidade pode impactar diretamente nas funções cognitivas. Pesquisas recentes revelaram que tanto dormir pouco quanto dormir em excesso podem ser prejudiciais para a memória, fluência verbal, funcionamento executivo e cognição global.

Sono Prejudicado

O ritmo acelerado da sociedade moderna tem influenciado diretamente nos padrões de sono das pessoas. A busca por produtividade e o aumento das atividades diárias acabam interferindo na disponibilidade de tempo para dormir. Com o avanço da tecnologia e a globalização, as pessoas estão cada vez mais conectadas e inseridas em um estilo de vida agitado, o que dificulta o relaxamento e a desconexão necessária para uma noite de sono tranquila.

Estudos no Brasil mostram que cerca de 76% dos adultos têm alguma queixa relacionada ao sono, sendo a insônia uma das mais comuns. O sono curto e o sono longo também têm sido identificados como problemas prevalentes em diferentes faixas etárias, o que pode ter sérias consequências para a saúde mental e o desempenho cognitivo.

Sono e Envelhecimento

Com o aumento da expectativa de vida, o envelhecimento populacional tem se tornado uma preocupação global. O Brasil, por exemplo, conta com mais de 32 milhões de idosos com 60 anos ou mais, e essa parcela da população está mais suscetível a doenças neurodegenerativas e ao declínio cognitivo.

Estudos têm apontado que o sono e o desempenho cognitivo podem ser comprometidos com o avanço da idade, o que reforça a importância de se investigar esses fatores e sua relação com o envelhecimento saudável. Pesquisas como a realizada com os participantes do ELSA-Brasil têm evidenciado a associação entre distúrbios do sono e o desempenho cognitivo em adultos e idosos.

Nosso Estudo

Nossa pesquisa analisou os dados do ELSA-Brasil e encontrou uma associação entre distúrbios do sono e desempenho cognitivo em diferentes faixas etárias. Os resultados indicaram que tanto a privação quanto o excesso de sono podem estar relacionados a um pior desempenho em habilidades cognitivas, como memória e função executiva.

O estudo também apontou que a insônia pode impactar negativamente a função executiva, a memória e a cognição global, principalmente em idosos. Essas descobertas são importantes para o desenvolvimento de intervenções que visem retardar o declínio cognitivo e promover um envelhecimento saudável.

Investigações como essa contribuem para a compreensão dos fatores que influenciam o envelhecimento e podem fornecer subsídios para políticas de saúde mais eficazes. O sono é um aspecto fundamental a ser considerado na promoção da saúde cognitiva e do bem-estar na terceira idade.

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