Tabata Amaral Condena Divulgação de Laudo Falso por Candidato

No último sábado (5), a candidata à prefeitura Tabata Amaral, do PSB, fez duras críticas à atitude de Pablo Marçal, do PRTB, de divulgar um laudo falso na tentativa de associar Guilherme Boulos, candidato do PSOL, ao uso de drogas.

Em uma entrevista coletiva com jornalistas, Tabata não mencionou o nome de Boulos, mas descreveu a ação de Marçal como criminosa e gravíssima. “Isso é muito sério e caracteriza um crime”, ressaltou a candidata.

Ela também comentou que foi a primeira a confrontar Marçal sem se preocupar com as consequências eleitorais. A equipe da candidata acredita que Boulos adotou uma postura mais amena em relação à Marçal por considerar que teria mais chances contra ele em um possível segundo turno do que contra o atual prefeito Ricardo Nunes, do MDB.

“Ele [Marçal] representa o pior da política e da sociedade. Sua intenção é criar polêmica e se manter em destaque até o dia da votação”, afirmou Tabata. Ela pediu à população que não dê espaço para ele. “Não podemos cometer o erro de dar voz a alguém que não contribui para nossa cidade”, declarou.

Até aquele momento, Tabata não havia se manifestado sobre o laudo falso e se esquivou de perguntas sobre um possível contato com Boulos. “Não farei o jogo deles, que é passar o dia todo discutindo algo que provavelmente é uma mentira”, explicou a candidata.

Tabata estava acompanhada da vice Lúcia França e do ministro Márcio França, responsável pelo Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. O ministro classificou Marçal como perigoso e comparou o caso com um episódio de 2018, em que a imagem de João Doria, então candidato ao governo de São Paulo, foi associada a um vídeo comprometedor.

“O laudo falso serve para gerar confusão, mas, no aspecto eleitoral, não prejudica”, pontuou. Ele destacou as inconsistências do documento, como o RG de Boulos, que continha um número a mais do que o correto.

Tabata, que ocupava a quarta posição nas pesquisas de intenção de voto, registrou 11% no Datafolha da última quinta-feira (3) e apostava em uma agenda intensa até as 22h do último dia de campanha na esperança de conquistar mais votos e avançar para o segundo turno.